O Entrevistas Fictícias lamenta a morte de Dom Nortadas de Albuquerque e endereça as suas mais sinceras condolências à sua família (procurámos amigos que não fossem da família, mas não encontrámos).
Dom Nortadas, ficará para a história como o maior inspirador deste jornal, e o criador dos dois mais importantes marcos da retórica do reino. Referimo-nos a "acho muito engraçado..." e "já estão a transformar isto num circo".
Sempre que alguém repetir estas frases saberemos que o espírito de Dom Nortadas está entre nós.




quarta-feira, 27 de julho de 2011

Entrevista a John de Sousa Coutinho

Sábado, 23 de Outubro de 2010

O Entrevistas Fictícias informa que, devido de muitos pedidos, esta edição será a primeira a não conter o nome Nortadas.... Mmmmm, além daquela vez que acabaram de ler, claro. Mas garantimos que tirando essa, esta edição do Entrevistas Fictícias não terá o nome Nortadas escrito mais nenhuma vez... Bom, foram duas vezes... Portanto podemos afirmar com todo o rigor que nesta edição só por duas vezes surge o nome Nortadas... Oh fo&%#§@$£...

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Advertência: Tivemos insistências desumanas para que o entrevistado desta edição fosse Dom Havengar, ao que respondemos "Quem é esse?". A redacção do Entrevistas Fictícias é íntegra e não aceita cunhas. Aceitamos só cruzados e bens negociáveis no mercado.

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Feitos todos os esclarecimentos passamos à entrevista possível com o actual tesoureiro do Condado de Lisboa, John de Sousa Coutinho. Conhecido como John_of_portugal, é o criador da Assembleia dos Prefeitos e possível futuro Conde de Lisboa, um paladino dos bigodes farfalhudos, e famoso cronista dos sórdidos interesses sexuais dos seus amigos nas páginas de "O Credível".



Entrevistador - Caro John, obrigado por aceder dar-nos esta entrevista.

John_of_portugal - De nada! Suponho que queira saber tudo sobre as minhas propostas eleitorais para Lisboa.

E - Hmmm, nem por isso. Temos perguntas mais interessantes. Tornou-se conhecido no reino durante a Guerra do Crato, mas combatendo uma guerra diferente, a dos bigodes bem aparados e limpos. De onde lhe vem esse interesse?

J - Como? Mas, isso é que é a entrevista?

E - Quer comentar a afirmação que recebemos de fonte confidencial de que a sua obsessão por bigodes tem a ver com a sua falta de sobrancelhas?

J - Mas que raio!... Que tem você a ver com os meus pêlos. Querem ver que é desses? Mau!

E - E que as arranca no sono, quando tem pesadelos com freiras?

J - Mas quem é que disse uma coisa dessas?

E - Não é nossa política revelar fontes, mas pela possibilidade de fratricídio que este caso levanta abrimos uma excepção. Foi o seu irmão Joszef.

J - Que absurdo, isso não pode ser verdade, pois proibi o meu irmão de contar essas histórias em público!

E - Temos como testemunha aquele pedinte cego que está sempre lá em baixo à porta. Viu tudo, até quando Joszef contou como o senhor fica horas diante do espelho com uma coroa de papel perguntando "espelho meu, espelho meu, haverá alguém exceptuando o fofinho com possibilidade de ser rei de Portugal primeiro do que eu?"

J - Que ultraje, isso é uma calúnia! Este jornal é uma farsa! (sai correndo)

J (volta com dois pedaços de pêlo de gato colados sobre os olhos) - Olá, sou o Joszef, igual ao meu irmão, mas com sobrancelhas. Queria dizer que tudo o que se disse aqui sobre mim... huhhh sobre o John é mentira! A coroa nem é de papel, é pele, e foi uma oferta do fofinho que diz que é a única que eu alguma vez terei... que o John terá. Serve de tapa-orelhas nas noites frias.

E - Senhor John, pensa que engana alguém com essas sobrancelhas falsas? (arranca-lhe os pedaços de pêlo de gato dos sobrolhos)

J - Milagre, milagre, sou o John de novo! Que Jah seja louvado. Isto mostra como sou um escolhido de Jah, e o salvador de Lisboa!

E - Bom, deixemos essas coisas e passemos ao jornal "O Credível", quer explicar-nos o que o inspira a escrever aquelas notícias?

J - Não, não quero! Vocês são a concorrência do Credível, não vos explico coisa nenhuma.

E - Nesse caso, porque acedeu dar esta entrevista?

J - Oh valha-me Jah! Preciso mesmo explicar? Eu nunca aceitaria dar uma entrevista a um jornal tão patético como este. Isto não sou eu! Esta porcaria é toda fictícia, não sabe? Está a entrevistar-se a si próprio!

E - Não concordo! Estou a entrevistá-lo a si. Todos o viram entrar, até o pedinte cego lá de baixo!

J - Mas que porra! Este jornal chama-se ENTREVISTAS FICTÍCIAS porque isto é fictício, os entrevistados não existem. Eu não sou eu! ENTENDE?

E - Não estou a ver...

J - Esta entrevistas são imaginárias, simuladas, ilusórias, fabuladas, inventadas, produzidas por ficção, fingidas, enganosas, falsas, irreais, desprovidas de autenticidade, sem ponta de tangibilidade, ENTENDE?

E - Para alguém que diz que não existe, o senhor irrita-se bastante. Mesmo imaginário consegue estragar-me a entrevista toda. Vai dizer que isso também sou eu?

J - Claro que é, conspira contra si próprio, resultado de traumas psicológicos. Vai ver precisa de se deitar no sofá de algum barbudo. Veja lá se tem problemas com o paizinho, e desejos secretos pela maezinha.

E - Senhor John, quer parar de me boicotar a entrevista?

J - Boi quê? Ah é disso que gosta? Bois e tal...

E - Não entendo como consegue levar sempre tudo para o lado sexual e imaginar que toda a gente tem relações ilícitas com animais. Não teme retaliações da parte dos ofendidos?

J - Não! A maioria dos animais mencionados no Credível não sabe ler.

E - E quanto aos humanos?

J - Era desses que falava. Geralmente pensam que é tudo culpa do 1000faces.

E - E no entanto, como tesoureiro do condado é o senhor que passa o tempo todo no meio dos animais.

J - Não gosto de me referir assim aos meus colegas do Conselho, mas admito-lhe uma certa razão. Aproveito para lhe explicar as minhas propostas para o Condado de Lisboa...

E - Obrigado, mas não precisa, os nossos leitores preferem saber porque chama sempre fofinho aquele Conde que prometemos não nomear nesta edição?

J - Quem? O Nor...

E (interrompendo bruscamente) - POR FAVOR, o nome não deve ser dito nesta edição!...

J (dando uma bengalada violenta num conjunto de penas e tinta derrubando tudo pelo chão) - Ah, desculpe, que desastrado sou.

E - não tem importância, guardamos um suplemento de material naquele armário.

J - Naquele ali? (atira para lá um papel em chamas, iniciando um incêndio na redação do jornal).

E - Bom, senhor John, visto que só veio cá para nos arruinar o jornal dou a entrevista por encerrada. Por acaso não tem nenhuma palavra final que nos estrague a edição ainda mais, não?

J - Tenho uma sim.

E - Qual?

J - Nortadas.

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